O que leva uma pessoa a abandonar sua terra para ir para outro local? Trabalhar, melhores condições de vida, realização de sonhos? Essas foram algumas questões que dominaram o debate sobre imigração e migração na mostra Social em Movimentos na noite de quinta-feira, a partir dos filmes La traversée e Migrantes.
Para o moderador Giuseppe Cocco, os processos migratórios nem sempre são resultado somente da busca de melhores condições de vida, pois também podem ser motivados por uma opção de vida. O público também ficou impressionado pela viés político de La traversée, ponto que a diretora Elisabeth Leuvrey não concordava. O filme mostra o sentimento das pessoas que viajam de navio da Argélia para a França, a que sociedade eles pertencem, como se reconhecem.
Diretor de Migrantes, Beto Novaes chamou atenção para as condições degradantes do trabalho na lavoura da cana de açúcar, a que são submetidos milhares de nordestinos em busca de trabalho e renda. Mas as dificuldades de se inserir numa sociedade também são vividas na França, onde o cerco de fecha para os imigrantes ilegais. Como disse o francês Jean Eric Malabre, do Grupo de Informação e Apoio aos Imigrantes, o sistema é muitas vezes pensado pra dificultar esse acesso.
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