A história do prédio que ficava no 5-7 rue Corbeau reconstruída a partir da memória de seus antigos habitantes deu início à noite Uma cidade, várias histórias. Histórias de infância, lembranças das dificuldades de se morar num local com pouco espaço e sem água, cujas condições se detoriaram de tal maneira até chegar a um sem retorno: a demolição. Após a sessão, o diretor Thomas Pendzel conversou com o público sobre o processo de filmagem, de pesquisa e de entrevistas que o permitiu reconstruir o prédio.
Moro na Tiradentes também conta com depoimentos de famílias que habitam na Cidade Tiradentes, subúrbio da capital paulista, considerado por muitos um local degradado e violento. Através das lentes de Henri Gervaiseau e Cláudia Mesquita, o público conheceu a história de diversas pessoas, a maior parte mulheres, que enfrentam os desafios de criarem os filhos num lugar distante, sem áreas de lazer e visto com desconfiança.
A luta dessas mulheres, também vista em 5-7 rue Corbeau, dominou a conversa entre Henri Gervaiseau e o público, ainda emocionado pelas histórias e pelos depoimentos do documentário. Tocada com o que havia acabado de ver, a empregada doméstica Regina Xavier narrou sua trajetória, semelhante a tantas outras filmadas pelos diretores. A sessão chegou ao fim com o público refletindo sobre ocupação urbana, direito à moradia e preconceito.
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