São Paulo, 23 de abril, 16h. Missão: buscar no Aeroporto de Guarulhos Jean-Pierre Thorn, diretor de On n’est pas des marques de vélo, que chega de Paris às 17h40. O que parecia certo e possível ganha um novo contorno mais sombrio, quando o céu da cidade escurece. Chove em São Paulo e mesmo que não seja um temporal, o trânsito quase para.
Entramos no carro ainda confiantes que era possível chegar a tempo. Para passar o tempo, falamos sobre trabalho, a abertura da mostra na noite anterior, a expectativa dos próximos dias. Enquanto isso, o relógio corre, a chuva aumenta e diminui e o carro avança lentamente em direção ao aeroporto. O clima é tenso, mas tentamos relaxar comprando um chocolate de um vendedor ambulante.
Nova rodada de assuntos, outros temas, outras histórias e Guarulhos continua distante. Aos poucos, o dia vai embora e a chuva parece que finalmente vai parar. Caminhões e carros quebrados começam a ficar pelo caminho e finalmente conseguimos alcançar a rodovia Ayrton Senna, que nos levará direto ao aeroporto. O relógio marca 18h15, aumentando ainda mais a tensão, afinal, Jean-Pierre deve ter desembarcado há algum tempo e teremos que procurá-lo.
Ao chegarmos no terminal, a confirmação. O voo pousou na hora certa, desembarque feito estava em andamento. Levanto a plaquinha com o nome do diretor sem muita convicção. Até que dois minutos depois, ele finalmente sai da alfândega, ainda animado depois de quase 12 horas de viagem. Falta agora levá-lo para o hotel, em São Paulo.
A chuva havia parado e embora o trânsito parecesse mais tranquilo, São Paulo continuava a duas horas e meia de viagem. Poderia ser mais rápido, talvez, mas à medida em que rodávamos percebemos que gastaríamos o mesmo tempo. Por volta das 20h40, chegamos ao hotel. Depois de tudo acertado, nos despedimos. Faltava agora a segunda missão: encontrar toda a equipe no debate que acontecia no Centro Cultural Banco do Brasil.
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